Por um 1º de Maio dos e para os/as trabalhadores/as
Este ano de 2020, no Brasil e no mundo, o 1º de maio ganha contornos há muito não registrados e testemunhados na história da humanidade: trabalhadores e trabalhadoras estão impossibilitados de celebrar e reforçar a importância desta data ser muito mais do que um dia de descanso ou um dia de festas: é a expressão sintética da história da luta dos/as trabalhadores/as por necessárias outras condições de trabalho e de vida.
Particularmente no Brasil e singularmente nesta década (2010-2020) muitos são os ataques da burguesia e do Estado capitalista aos mais básicos direitos da classe trabalhadora. Avança-se de forma violenta o princípio de “menos direito por algum trabalho” (em detrimento do falso argumento de “Muitos direitos e trabalho nenhum”) e que, tempos de pandemia e isolamento social, radicaliza-se esses ataques e agudiza-se as condições de sobrevivência de homens e mulheres que vivem da venda da força de trabalho para sua sobrevivência diária.
Empurrada, pelo governo federal, à condição de “ou trabalha ou morre de fome”, assistimos – não de braços cruzados – uma jornada do capital e seu projeto ultraliberal de responsabilização da classe trabalhadora por sua miséria e desemprego, colocando-a em risco eminente ao defender a volta da normalidade para manter a economia funcionando. Tosco mecanismo de evitar a perda de lucros do Capital.
É neste sentido que a ABEM mais do que saúda, conclama a classe trabalhadora brasileira a não se curvar aos interesses da burguesia, do capital e do projeto liberal à qual este governo vem conduzindo feroz e desumanamente, ao mesmo tempo que registra seu compromisso e celebração com o 1º de maio, dia do trabalhador e da trabalhadora.
“Trabalhadores do Mundo, uni-vos” ainda é a expressão história e necessária e é com ela que continuamos construindo nossas lutas.
Vida O/A Trabalhador/a brasileiro!
Vida o 1º de maio!